sábado, 21 de outubro de 2017

Charneca do Guincho, Cascais


Desde 1992 que moro na Charneca do Guincho em Cascais, perto da praia do Guincho (mais ou menos 1 Km - 15 minutos a pé), a aldeia fica entre a Aldeia de Juzo e a Malveira da Serra, a 4 Km da serra de Sintra, a 4,5 Km do centro de Cascais.
Na Charneca, ainda mantém uma parte típica que permite observar as características mais rurais e tradicionais, as casas baixas, as hortas, os lavadouros públicos e o chafariz. Zona muito sossegada, ouve-se o mar à noite (sempre presente) mas também bastante fustigada pelo forte vento que é uma marca da praia do Guincho.
É atravessada por um ribeiro que vai desaguar na praia do Guincho em conjunto com o ribeiro da Malveira, somente visível no inverno dependendo muito da intensidade das chuvas. 

GUINCHO, é uma das minhas praias favoritas com actividade todo o ano, o ar é espectacular com a mistura do mar e serra, fortemente fustigada pelo vento que só "desaparece" em Setembro motivo pelo qual existem muitos bons dias de praia em Setembro e Outubro ao contrário de Julho e Agosto. Outra faceta incontornável são os campeonatos de surf.

MUCHAXO, estalagem Muchaxo sobre a praia, local muito agradável e calmo para uma bebida com vista para o mar. Tenho dezenas de horas de leitura neste local.

CAMINHADAS, local privilegiado para caminhadas curtas locais e longas pelas falésias desde a praia do Guincho até à Azoia,  Atalaia, Figueira do Guincho, Ulgueira, Malveira, serra de Sintra, etc. A caminhada mais longa em que participei foi a das 5 praias "Guincho - Azenhas do Mar", partida da Areia e atravessando a praia do Guincho, praia do Abano, praia da Adraga, praia Grande e praia das Maças até às Azenhas do Mar, total de mais ou menos 28 Kms.

SERRA DE SINTRA, sempre presente e visível, nas suas vária imagens desde a serra limpa com sol, nuvens tipo chapéu indicadora de vento e nublado. A serra tem cerca de 540 metros de altitude no seu ponto mais alto, tem um dos palácios mais visitados de Portugal que é o da Pena que fica do lado de Sintra.

UNIÃO RECREATIVA, existe uma sociedade recreativa na Charneca que ficou famosa por organizar as Festas de São Martinho e concursos de pesca. Ao longo dos anos foram ampliando e/ou melhorando as instalações e actualmente com a promoção de vários eventos ao longo do ano, o último foi o "Musicfest - Festival de Musica e da Bifana". Comemora em 2017 os 50 anos.

PARQUE NATURAL, foi criada em 1981 a Área Protegida de Sintra-Cascais, devido às crescentes pressões urbanísticas e de turismo foi criado o Parque Natural de Sintra-Cascais em 1994 porque tinha critérios "mais apertados". Tem havido várias revisões e do PDM que implicam sempre uma redução da área, porque será?. "Graças" à última gestão camarária do Dr. Carreiras a Charneca já não está integrada no Parque Natural com a última revisão do PDM com mais área destinada a possível construção, assim de revisão em revisão do PDM possivelmente a versão final do Parque Natural será somente o topo da Serra de Sintra.

DUNA DA CRESMINA, as dunas do Guincho-Cresmina são uma pequena parcela do complexo Guincho-Oitavos localizado no Parque Natural de Sintra-Cascais. Este sistema dunar é bastante particular pois a areia proveniente das praias do Guincho e da Cresmina retorna ao mar mais a sul – entre Oitavos e Guia, após migrar sobre a plataforma rochosa aplanada do Cabo Raso. Designa-se por corredor eólico dunar Cresmina-Oitavos. Os cordões dunares são estruturas geológicas frágeis mas muito importantes, uma vez que assumem um papel de proteção dos terrenos interiores da subida do nível do mar (Fonte: C. M. Cascais).
Após a introdução é um bom local para se tomar uma bebida no Núcleo Interpretativo com uma vista privilegiada sobre o mar, Guincho e serra de Sintra, pode-se aproveitar para visitar a flora e a fauna nas dunas pelo passadiço (+/- 1,6 km).

FOTO, a foto inicial que publico tirada no final de Setembro de 2005 mostra as actividades de surf, kitesurf, banhistas, etc.


A estalagem Muchaxo
A praia do Guincho
A praia da Cresmina
Pescadores entre a praia do Guincho e a da Cresmina
Núcleo Interpretativo da Duna da Cresmina
Parque Natural Sintra-Cascais - Fauna
Conjunto dos ribeiros da Charneca e da Malveira
a desaguar na praia do Guincho
União Recreativa da Charneca
Caminhadas











"O olhar recai sobre a cidade dinamarquesa de Marstal, seus personagens e a diversidade de suas relações. O mar é a presença constante, que a todos chamará, mas poucos devolverá.
Dos que se afogaram ao sair para o mar e dos que se afogaram ao permanecer inertes no turbilhão da vida - quiçá o pior afogamento."


[Livro "Nós, OS AFOGADOS", Carsten Jensen (1952)]


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Magoito, Sintra

Praia do Magoito
Durante cerca de 10 anos morei em Magoito, período iniciado em 1978, frequentava a praia do Magoito durante todo o ano, desde observar o mar (sempre presente), pescarias nocturnas, banhos e passeios com os cães.
Magoito fica a 13 quilómetros de Sintra, em redor ficam as praias de Aguda, Azenhas do Mar, praia das Maças, praia Grande, praia Pequena e praia da Adraga.
Devido ao iodo da praia era um local muito frequentado por pessoas necessitadas do mesmo havendo dezenas de pessoas com casa alugada à época, a maioria de Lisboa e arredores. Nessa altura os fins de semana e os meses de verão eram espectaculares quando comparados com a situação actual. 

TOMAR CAFÉ NAS AZENHAS DO MAR, nos dias de maré vazia à tarde, a seguir ao almoço íamos tomar o café às Azenhas do Mar a pé, partíamos da praia de Magoito até à praia da Aguda, subíamos a falésia e seguíamos até às Azenhas do Mar. Tomávamos o café, "mordia-se" o ambiente do café e da piscina e depois era regressar pela mesma via.

GERIBETO, na altura era só pedras mas com o tempo foi ganhando areia e passou a ser mais uma praia alternativa para banhos, o acesso era através da descida da falésia.

FESTAS POPULARES, frequentávamos todas as festas populares das redondezas, MTBA, Tojeira, Mucifal, Várzea de Sintra, São João das Lampas, Nafarros, Fontanelas, etc. Nessas festas para além das actividades costumava haver concertos de bandas e outros artistas, recordo os concertos dados pelo José Cid ainda acompanhado pela mulher Amanda, nessa altura para o "picar" formávamos um pequeno grupo a gritar pela Amanda e bater-lhe muitas palmas e a ignorá-lo (criancices).

RALLY PORTUGAL, várias vezes fomos ver o rally à noite na serra de Sintra, ambiente espectacular assim como a competição. A última vez que assisti foi no último ano em Sintra em que passou da noite para de dia, fomos ao três troços pelo que fizemos cerca de 28 quilómetros. Nunca mais me esqueci da deslocação de ar cada vez que passava um carro sempre que na berma estava a tirar fotos.

CONCHEIRA, na praia de Magoito existe um local onde no intervalo entre rochas forma-se uma piscina chamado Concheira. Com o mar mais ou menos calmo era muito frequentado pelas crianças mas com o mar bravo ninguém arriscava. Nos dias de mar bravo costumávamos subir para as rochas do lado do mar, esperar pelas ondas, aguentar enquanto caiam sobre nós e depois mergulhar em direcção a terra. Um dia tive azar, ao posicionar o pé para aguentar a onda falhei a rocha e caí num buraco entre as rochas cheio de mexilhões nas paredes, quando a onda passou estava todo arranhado e amparado como podia, a única saída era pelo lado do mar mas como estava acompanhado içaram-me e fui para terra em lindo estado, penso que estive cerca de 2 semanas sem ir à praia devido aos curativos. O que teria acontecido se estivesse sozinho?.

DISCOTECAS, as discotecas que mais frequentávamos eram as da Praia das Maças, a minha favorita era a da vivenda no meio do pinhal (não me lembro do nome), estacionamento fácil e podia-se estar no interior e exterior. Memorável o acompanhamento por todos de algumas canções em particular "A minha casinha" dos Xutos & Pontapés.

JOGAR ÀS CARTAS, muitas tardes e noites de "jogatana", principalmente King e Lerpa. Que saudades de estar a jogar às cartas em ambiente de convívio com musica ambiente. Sabe melhor no inverno em dias de chuva.

Girebeto
Rally Portugal - Sintra - Walter Röhrl





"(...) O ter nascido junto do mar agrada-me, parece-me como um augúrio de liberdade e de câmbio. (...)

[Livro "Juventud, Egolatria", Pio Baroja (1872-1956)]






quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Vida de estudante

Instalações do LAFOS/LAM em Oeiras.
Regressamos dos Açores em cima do início do ano lectivo, fomos morar para Campo de Ourique onde não consegui ingresso em nenhuma das escolas/liceus perto de casa, só consegui vaga no Liceu de Oeiras que na altura tinha um anexo na Junqueira em Belém (evitava desta forma ir para Oeiras todos os dias).
O 1.º ano do liceu em paralelo com a mudança de ambiente e dimensão entre a Ilha Terceira e Lisboa não resultaram muito bem, resultado chumbei.
No ano seguinte fui estudar em regime de internato no LAFOS - Lar Académico para Filhos de Oficiais e Sargentos, mais tarde LAM - Lar Académico Militar, onde fiz o ciclo preparatório e o curso técnico. As instalações ficavam em Oeiras do outro lado da marginal em frente ao Motel de Oeiras, com vista para a praia de Santo Amaro, rio Tejo e o mar (sempre presente).

ENXOVAL, havia uma lista da composição do enxoval que era validado e confirmado na entrada, entre outros farda da Mocidade Portuguesa, farda do dia a dia, farda de saída, toalhas, etc.

MOCIDADE PORTUGUESA,a farda que compramos tinha as medidas para os meus 11 anos, nunca a cheguei a vestir durante o período em que estive no Lar, todos os meus colegas estavam na mesma situação, riamos muitas vezes a imaginar a nossa figura se aos 15 anos tivéssemos que a vestir.

AULAS DE GINÁSTICA, das aulas de ginástica recordo duas situações, uma com saudade que eram os jogos de "brutoball" jogado na praia de Santo Amaro, outra situação que não deixou saudades eram as aulas dadas pelo Tenente Costa que utilizava um florete de esgrima de uma forma pedagógica nos rabos nos exercícios de suspensão no espaldar.

ROTINA DIÁRIA, a rotina diária era a seguinte:
  • 06h45m - Despertar 
  • 07h20m - Formatura para o pequeno almoço
  • 07h30m - Pequeno almoço
  • 08h00m - Início das aulas até às 12h00m, duração de cada aula 50 minutos
  • 12h20m - Formatura para o almoço
  • 12h30m - Almoço
  • 14h00m - Início das aulas até às 16h00m
  • 16h20m - Formatura para o lanche
  • 16h30m - Lanche
  • 18h00m - Estudo acompanhado
  • 19h20m - Formatura para o jantar
  • 19h30m - Jantar
  • 22h00m - Recolher
  • 22h30m - Luzes apagadas

EXAMES EXTERNOS, como estava num curso técnico em regime de internato todos os exames eram externos e efectuados na Escola Comercial Ferreira Borges.

PÉRGULA, café Pérgula situado no jardim de Santo Amaro junto à marginal, actualmente é um McDonald's, as bebidas tomadas no terraço do 1.º andar com uma vista espectacular do Tejo e não só. 

DIAS DE CINEMA, todas as quartas-feiras havia uma sessão de cinema no ginásio, entre outros vimos alguns filmes em que participava o Elvis Presley.

PREFEITOS, muitos jogos do gato e do rato quando saltávamos o muro para ir para o Motel e as praias, comprar tabaco, e outras escapadelas. Estávamos fora do colégio mas sempre a controlar à volta se aparecia algum dos prefeitos, se fossemos apanhados no mínimo era o fim de semana riscado.

MILITARES, ao contrário do Colégio Militar e Pupilos do Exército o regime no Lar era muito suave, não recebíamos formação nem manuseávamos armas, a única formação era a constituição das formaturas, marchar, sentido e outras que nós pensávamos que se destinava a qualquer acção futura no âmbito da Mocidade Portuguesa. Havia uma escala com o Oficial de dia, o Cabo de dia, o Soldado de dia e mais tarde na década de 70 foi implementado o Aluno de dia.

ALUNO DE DIA, no ano lectivo de 71/72 fui nomeado Aluno de dia com base no meu cadastro, aproveitamento e outros que não me lembro. As competências do Aluno de dia era acordar e retirar da cama todos os alunos que não se levantavam com o toque da alvorada, controlar as formaturas e validar as ausências e outras tarefas. Os benefícios eram um tratamento "mais" amigável e as saídas autorizadas do colégio, principalmente à noite.
 
FOTO, a foto que publico mostra as instalações do Lar, na altura era quase tudo descampado com a excepção da parte virada para Oeiras.


Banda do LAM formada para tocar na festa de finalistas de 1972, não está visível o grande vocalista Timane.




Video RTP Arquivo: General Sá Viana Rebelo, Ministro da Defesa Nacional, visita o Lar Académico de Filhos de Oficiais e Sargentos das Forças Armadas em 19 de Agosto de 1971 (nos meses de Julho e Agosto o Lar funcionava como colónia de férias).





Alfinete lapela
Caneca com o logotipo do LAFOS
Prato de sobremesa com o logotipo do LAFOS












Emblema



















Abertura ano lectivo de 1964, noticia no DN
Fim do ano lectivo de 1966, noticia no DN

Fim do ano lectivo de 1970, noticia no DN







(...) Nós, enquanto novos, pensamos que a velhice é coisa que não nos diz respeito, que só acontece aos outros. Mesmo quando vão os anos passando e chegamos aos cinquenta … sessenta … e já estamos a entrar nela. A velhice e a morte … E eu, sem dar por isso, sentindo-me em pleno vigor, sem de tanto me aperceber entrara mesmo na velhice. (...)


[Conto “Capitão do mar e da saudade”, José Dias de Melo (1925-2008)]


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Viagens de barco entre Lisboa e Açores

Anúncio de prestígio inserido na Revista de Marinha de Janeiro de 1939
Quando fui para os Açores e o respectivo regresso ambas as viagens foram por barco, a viagem durava 6 dias com paragens de 1 dia no Funchal e em Ponta Delgada. Havia somente 2 navios a efectuar essas viagens de 15 em 15 dias, o "Carvalho Araújo" e o "Lima".
Dos 6 dias programados para a viagem tirando os 2 dias de paragem, sobravam 4 dias a navegar em mar aberto.


Num dos seus livros, Luís Miguel Correia escreve que o paquete “Carvalho Araújo” fez a viagem inaugural à Madeira e aos Açores em Abril de 1930, a última viagem ocorreu em Março de 1970. O paquete “Lima” fez a viagem inaugural à Madeira e aos Açores em 1923, a última viagem ocorreu em Novembro de 1961.



VIAGEM LISBOA-TERCEIRA, a viagem Lisboa - Ilha Terceira foi efectuada no navio "Carvalho Araújo", passei os dias de viagem em mar aberto enjoado, por sorte com as paragens em terra para visitas turísticas o enjoo desaparecia e recarregava as baterias para a próxima viagem.


 VIAGEM TERCEIRA-LISBOA, a viagem Ilha Terceira - Lisboa foi efectuada no navio "Lima", grande parte da carga era constituída por gado vivo que era visita diária obrigatória. Tal como aconteceu na primeira viagem nesta também a passei enjoado, felizmente havia um intervalo com as 2 paragens em Ponta Delgada e Funchal. Neste regresso a Lisboa para além da família trouxemos uma cadela que penso que também enjoou(?).


Navio "Carvalho Araújo"






















Navio "Lima"























Aspecto do porto em dia de chegada de navio.




























"(...) E muito mais quando se nasce mais do que junto do mar, no próprio seio e infinitude do mar, como as medusas e os peixes  (...)"

[V Centenário do Descobrimento dos Açores (1932), artigo com definição do conceito "Açorianidade" , Vitorino Nemésio (1901-1978)]




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Cidade de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores



Entre as estadias em instalações da Marinha, moramos em 3 lugares diferentes na cidade de Angra do Heroísmo, primeiro moramos em São Bento, em segundo moramos na Rua do Morrão e em terceiro moramos na rua do Faleiro até ao fim da comissão de serviço e regresso ao Continente.
Todos os locais eram diferentes no estilo mas o meu favorito foi morar na Rua do Faleiro cuja casa além de ser melhor que as anteriores, ficava numa colina e tinha um terraço com vista espectacular sobre o centro da cidade, o porto, a baía, o Monte Brasil e por inerência o mar sempre presente. Ficava a 2 minutos do centro da cidade.

A série "O Homem e a Cidade" produzida pela RTP em 1996 dedicou um dos episódios à Cidade de Angra do Heroísmo - "Angra Imperial e Heróica", veja o vídeo aqui.


ENSINO BÁSICO, fui matriculado na escola do Tenente Areias que ficava na Rua de Santo Espírito. A escola ficava no 1.º andar e tinha nas traseiras um grande espaço para recreio. A escola era em open space com as turmas todas à vista uma das outras, como aluno da 4.ª classe tinha também a incumbência de escrever no quadro os textos e trabalhos de casa para as classes inferiores, havia sempre uma cadeira junto a cada quadro para onde subíamos para começar a escrever no topo do quadro. Fiz o exame da 4.ª classe nesta escola e passei.

MELHOR AMIGO, o meu melhor amigo chamava-se José Augusto e também frequentava a mesma escola, convém referir que com tantas mudanças era muito difícil ter amigos mas as crianças vão-se adaptando e nesse aspecto a escola era muito importante para a confraternização. O José Augusto era filho do Director da Alfândega e a sua casa ficava no edifício da alfândega no lado oposto aos escritórios da Alfândega. A melhor recordação que tenho dessa casa era que para além de ser grande tinha um corrimão largo em madeira do 1.º andar para o rés-do-chão no qual passávamos horas a escorregar. Após ter vindo para o Continente perdi totalmente o contacto.

TOURADAS À CORDA, nas touradas à corda em Angra tenho 2 lembranças, no Alto das Covas o meu pai esteve pendurado num candeeiro largos minutos com o touro a cheirar os sapatos, a outra lembrança foi de um touro entrar numa taberna e de alguma forma bebeu vinho que teve depois um comportamento irregular.

FOTO, a foto inicial que publico apesar da sua má qualidade mostra Angra no ano de 1962.

Foto de Angra tirada em 1988, comparando com a foto inicial permite identificar algumas diferenças para além da cor.
Foto de Angra tirada em 2009, já incluí a marina.

Rua do Morrão e a casa onde moramos




Rua do Faleiro e a casa onde moramos






















"(...) Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; e logo o sentimento de uma herança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar. (...)"

[V Centenário do Descobrimento dos Açores (1932), artigo com definição do conceito "Açorianidade" , Vitorino Nemésio (1901-1978)]