Entre as estadias em instalações da Marinha, moramos em 3 lugares diferentes na cidade de Angra do Heroísmo, primeiro moramos em São Bento, em segundo moramos na Rua do Morrão e em terceiro moramos na rua do Faleiro até ao fim da comissão de serviço e regresso ao Continente.
Todos os locais eram diferentes no estilo mas o meu favorito foi morar na Rua do Faleiro cuja casa além de ser melhor que as anteriores, ficava numa colina e tinha um terraço com vista espectacular sobre o centro da cidade, o porto, a baía, o Monte Brasil e por inerência o mar sempre presente. Ficava a 2 minutos do centro da cidade.
A série "O Homem e a Cidade" produzida pela RTP em 1996 dedicou um dos episódios à Cidade de Angra do Heroísmo - "veja o vídeo aqui. ",
MELHOR AMIGO, o meu melhor amigo chamava-se José Augusto e também frequentava a mesma escola, convém referir que com tantas mudanças era muito difícil ter amigos mas as crianças vão-se adaptando e nesse aspecto a escola era muito importante para a confraternização. O José Augusto era filho do Director da Alfândega e a sua casa ficava no edifício da alfândega no lado oposto aos escritórios da Alfândega. A melhor recordação que tenho dessa casa era que para além de ser grande tinha um corrimão largo em madeira do 1.º andar para o rés-do-chão no qual passávamos horas a escorregar. Após ter vindo para o Continente perdi totalmente o contacto.
TOURADAS À CORDA, nas touradas à corda em Angra tenho 2 lembranças, no Alto das Covas o meu pai esteve pendurado num candeeiro largos minutos com o touro a cheirar os sapatos, a outra lembrança foi de um touro entrar numa taberna e de alguma forma bebeu vinho que teve depois um comportamento irregular.
FOTO, a foto inicial que publico apesar da sua má qualidade mostra Angra no ano de 1962.
Foto de Angra tirada em 1988, comparando com a foto inicial permite identificar algumas diferenças para além da cor. |
Foto de Angra tirada em 2009, já incluí a marina. |
Rua do Morrão e a casa onde moramos
Rua do Faleiro e a casa onde moramos
"(...)
Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha
consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor
elementar que não conhece razões, mas impulsos; e logo o sentimento de
uma herança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar.
(...)"
[V Centenário do Descobrimento dos Açores (1932), artigo com definição do conceito "Açorianidade" , Vitorino Nemésio (1901-1978)]
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