O primeiro contacto que
tive com esta praça foi durante a viagem de Interrail em 1980, fiquei muito impressionado com a praça, em frente ao Palácio Real de Amesterdão, o movimento de jovens e turistas, o ambiente, os
artistas de rua, nunca tínhamos visto nada igual em qualquer lugar de Portugal.
Na altura, assisti ao ritual diário no final da tarde, chegavam os serviços de limpeza, começavam numa ponta da praça com a lavagem através de jactos de água, quem estava sentado ou não ia saindo do local, contornava a equipa de limpeza e voltava para a parte lavada da praça. Parecia um espectáculo sincronizado, em que a lavagem parecia uma onda a avançar do mar para terra, com os banhistas usufruindo do momento da passagem ...
Quando a equipa de limpeza finalizava a sua tarefa, a praça ficava igual ao que estava anteriormente, só que neste caso lavada. Assisti a este ritual em 2 dias seguidos, sempre igual, como se fizesse parte de um espectáculo muito bem ensaiado e em cena à muitos meses.
Voltei ao contacto com a Praça Dam nas férias de 2010, a praça continua cheia de turistas e artistas de rua, perdeu o ambiente familiar, mais intimo, mais calmo comparativamente ao que tinha guardado na memória. Em 1980 de uma forma natural éramos "convidados" a nos sentarmos e ficar a ver e ouvir o que se estava a passar, o ambiente já não é o mesmo, mais impessoal, mais turistas, até parece que a praça é maior.
Apresento a descrição da praça Dam do turismo holandês:
A Praça Dam é o coração de Amesterdão. Ao contrário de antigamente, agora é um lugar calmo que abriga muitos pombos e artistas de rua. A Praça Dam é a mais importante de Amesterdão, monumentos nacionais: o Palácio Real, a igreja Nieuwe Kerk e o Memorial de Guerra.
Protestos e violência na Praça Dam, em 1535, a praça foi cenário de revoltas dos anabatistas. Menos de um século depois, o saque da frota de prata foi motivo de revolta. Os protestos que surgiram quando o seguro desemprego foi diminuído em 1935 também se concentraram nessa praça. Próximo do final da Segunda Guerra Mundial, soldados alemães mataram cidadãos inocentes nesse local durante um tiroteio. Nas décadas de 1960 e 1970, ocorreram protestos de estudantes aqui, assim como protestos contra a Guerra do Vietname. A Praça Dam tem estado tranquila nas últimas décadas. Os últimos protestos foram em 1980, na ocasião da investidura da Rainha Beatriz na Nieuwe Kerk.
O Memorial de Guerra da Praça Dam foi inaugurado em 4 de maio de 1956. Foi construído em memória daqueles que morreram durante a Segunda Guerra Mundial. No dia 4 de Maio de cada ano, vários dignitários, incluindo representantes da família real, homenageiam nesse local as vítimas da guerra.
NIEUWE KERK, ao lado do Palácio Real e a poucos metros da Praça Dam, na actualidade é um centro de esposições, sala de concertos, centro de convenções e café. Esta acessível também para pessoas de cadeiras de rodas. Começou a ser construído no final do século XIV, como resposta ao crescimento demográfico de Amesterdão, e no ano 1408, o bispo de Utrecht concedeu a permissão e o templo sofreu deste então vários incêndios e reconstruções. As relíquias mais importantes pertencem ao "Século de Ouro" quando foi construído o púlpito e se adicionou o órgão.
DIA NACIONAL DA TULIPA, neste dia a Praça Dam, ganha um enorme jardim temporário.
Marca o lançamento oficial da temporada das tulipas na Holanda. Acontece todos os anos, sempre no terceiro sábado de Janeiro.
Cerca de 200 mil tulipas tomam conta da Praça Dam, não são colocadas lá de qualquer forma, obedecem a um tema, em 2018 o tema foi o "Romance".
Pode-se visitar o jardim na Praça Dam e levar tulipas para casa. E o melhor: são grátis.
FOTOS, as fotos apresentadas foram obtidas da Wikipédia, portal do Turismo Holandês e www.koninklijkhuis.nl.
Fotos do turismo holandês
Fotos tiradas em 1980 durante a viagem de Interrail
Fotos tiradas nas férias em 2010
Que belo é ter um amigo! Ontem eram ideias contra ideias. Hoje é este fraterno abraço a afirmar que acima das ideias estão os homens. Um sol tépido a iluminar a paisagem de paz onde esse abraço se deu, forte e repousante. Que belo e que natural é ter um amigo!
["O Amigo" em "Diário" (1935), Miguel Torga (1907-1995)]
Em memória do amigo João Agostinho (JACA), companheiro destas andanças iniciais pela Europa.
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