domingo, 19 de novembro de 2017

A Ilha de S. Miguel, Açores


Em Outubro de 1992 fui dar formação à SATA na Ilha de S. Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores. Durante a semana a formação deixava apenas tempo para visitas locais, durante o fim-de-semana aproveitei para visitar a ilha.
Gostei bastante do ambiente em Ponta Delgada, as noites com a marginal sempre cheia de pessoas a passear após o jantar, mais tarde nos anos 2000 quando voltei  a marginal à noite já não tinha tantas pessoas, questionei alguém acerca deste assunto e disse que era devido à introdução da TV por Cabo na Ilha - as pessoas ficavam em casa a ver televisão.
Nas visitas durante o fim-de-semana aproveitei para visitar o máximo possível, no sábado do último fim-de-semana antes do regresso fui fazer outro tipo de visita com um colega da SATA, fomos por caminhos não habituais assim como recebi informações sobre os locais em visita que o turista normal não tem hipótese de conhecer.


Documentário "Suspiros do Inferno" produzido pela RTP em 1973, sobre as Furnas da ilha de São Miguel. O impacto deste fenómeno natural nas populações locais, o seu aproveitamento turístico e o aproveitamento medicinal das águas.ou um dos episódios à Ilha do Pico, veja o vídeo aqui.


Nota: Alguma má qualidade das fotos deve-se ao facto de terem sido convertidas de "slides" que foram afectado pelo tempo, culpa minha.


FURNAS, é uma freguesia do concelho da Povoação, conhecida pelas suas caldeiras (que estão sempre em permanente ebulição) que nos fazem lembrar que estamos em terrenos vulcânicos. Também é muito conhecida pelos cozinhados a vapor únicos no mundo, entre eles o cozido à portuguesa.

Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/11/30/furnas-ilha-de-s-miguel-acores/
Furnas é uma freguesia do concelho da Povoação, na ilha de S. Miguel, nos Açores, e é conhecida pelas suas caldeiras (em permanente ebulição) que provam que estamos em terrenos vulcânicos. É também aqui que se fazem cozinhados únicos no mundo. Quando se fala em Furnas não há turista que não pense logo no cozido à portuguesa. E, mesmo que nem goste muito deste prato, tem de pelo menos provar

Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/11/30/furnas-ilha-de-s-miguel-acores/
Furnas é uma freguesia do concelho da Povoação, na ilha de S. Miguel, nos Açores, e é conhecida pelas suas caldeiras (em permanente ebulição) que provam que estamos em terrenos vulcânicos. É também aqui que se fazem cozinhados únicos no mundo. Quando se fala em Furnas não há turista que não pense logo no cozido à portuguesa. E, mesmo que nem goste muito deste prato, tem de pelo menos provar.

Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/11/30/furnas-ilha-de-s-miguel-acores/
Furnas é uma freguesia do concelho da Povoação, na ilha de S. Miguel, nos Açores, e é conhecida pelas suas caldeiras (em permanente ebulição) que provam que estamos em terrenos vulcânicos. É também aqui que se fazem cozinhados únicos no mundo. Quando se fala em Furnas não há turista que não pense logo no cozido à portuguesa. E, mesmo que nem goste muito deste prato, tem de pelo menos provar.

Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/11/30/furnas-ilha-de-s-miguel-a
COZIDO DAS FURNAS, num dos pontos da Lagoa das Furnas existem buracos no chão vulcânico, onde se colocam os cozinhados, dentro de tachos, debaixo da terra com o calor geotérmico, dos vulcões, os cozidos demoram cerca de 5 a 6 horas para ficarem cozinhados lentamente com o vapor. Existe uma parte reservada para os restaurantes locais e outra que pode ser usada pelos habitantes. A gestão dos cozidos é feita pela Junta de Freguesia e tem de ser marcada. São os funcionários que colocam e tiram a terra que tapa a tampa dos buracos.

MASSAROCAS DE MILHO, gostei muito de comer as massarocas de milho cozidas nas caldeiras. São colocadas em sacos de serapilheira onde as mergulham para cozer.

MORCELA COM ANANÁS, que saudades desta entrada muito simples de fazer mas que sabe tão bem.

CRIPTOMERIAS, a Cryptomeria japonica é, hoje, considerada a espécie florestal mais importante do arquipélago dos Açores, ocupando cerca 60% da área de floresta de produção, mas também porque os seus povoamentos são um elemento estrutural das paisagens açorianas.

FESTAS DO SENHOR ESPÍRITO SANTO, as Festas do Espírito Santo, são as mais populares do arquipélago e começam normalmente sete semanas depois da Páscoa. Inúmeras vilas e freguesias celebram estas festas onde ocorre normalmente a coroação do Imperador ou Imperatriz da Festa. O ponto alto decorre com a procissão que percorre uma parte significativa das ruas da vila terminando na sua igreja, onde é então celebrada uma missa. Ao fim do dia começa a parte não religiosa da festa, quando são servidas as “Sopas do Espírito Santo”, às quais acorre, regra geral, muita gente (além da sopa propriamente dita é também servido um prato de carne guisada com batata, vinho e pão doce ou massa sovada no fim). Depois a festa segue profana com música, bailaricos, rifas e entretenimento geral. 

CONFISSÃO, apesar de só agora fazer referência às Festas do Senhor Espírito Santo, elas acontecem em todas as ilhas, quando estava na Ilha Terceira fui coroado numa delas após fazer a comunhão solene. Integrado na procissão andei 1 ou 2 quilómetros com a coroa na cabeça segurada de ambos os lados por uma menina.

FOTO, a foto inicial foi tirada em 1992 mostra a marginal e o ambiente ao longo da sua extensão, actualmente não deve estar muito diferente.




















 




























 














































Um dos miradouros da ilha











Criptomerias












Na lagoa das Sete Cidades
No fim do escoamento
O sistema de escoamento do excesso de água da Lagoa das Sete Cidades, o nível de água da lagoa está sempre controlado, a água aproveitando o efeito de gravidade "desce" até ao nível do mar.



 As Furnas























As caldeiras sempre em permanente ebulição.


A fonte de água férrea, a água é de cor alaranjada.













As fumarolas visíveis pelo fumo devido
ao vapor de água e gases ao longo do rio.




Parte da povoação das Furnas com o fumo das fumarolas ao longo do rio.








Percorreu um trilho ao longo da manhã e sentou-se a comer entre as azáleas. Quando um dia voltasse a partir, talvez nada lhe fizesse tanta falta como as flores. As hortênsias e as árvores-de-fogo, as beladonas e as camélias, as magnólias e as olaias: encantava-o a cadência a que floriam naquela ilha — e depois ainda havia os hibiscos, os jarros e os mantos infinitos de erva azeda, sempre prontos a acorrer a algum sobressalto da meteorologia, para que nunca faltasse a cor.
Podia dizer-se o que se quisesse sobre as ilhas, menos que fossem claustrofóbicas. Não as ilhas onde houvesse flores.


[As Ilhas e as Flores, excerto sobre os Açores em 'Arquipélago', Joel Neto (1974)]


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