sábado, 30 de junho de 2018

Mapas do estado das estradas - Edição de 1968 do ACP


Desde que me lembro que todos os anos o ACP publicava o "Mapa do Estado das Estradas", encontrei este relativo a 1968, ao analisar o país parecia muito simples sem tantas auto-estradas, neste mapa só existiam 3 em 1968.

As 3 auto-estradas neste mapa são 2 na área de Lisboa: Amoreiras-Estádio Nacional e Lisboa-Vila Franca de Xira, e 1 na área do Porto: Porto-Carvalhos.
Desde o fim da década de 70 até 2006 fui um utilizador constante destes mapas, actualizados todos os anos, era a única forma que tínhamos de saber a situação das estradas de Portugal, todos os anos substituia o mapa anterior guardado no carro pelo novo.

Ao analisar este mapa de 1968, fiquei com imensa pena de não ter guardado todos os mapas anteriores, em termos comparativos e históricos daria para ver a evolução de Portugal nesta vertente. Muito triste é analisar as vias ferroviárias na altura e actuais, foram diminuindo conforme iam crescendo as auto-estradas.

É pena não existir um mapa semelhante sobre as infra-estruturas do país ao nível de saneamento básico, abastecimento de água e electricidade, etc., daria para perceber como o Estado Novo tratava "carinhosamente" o seu povo e qual o esforço que foi feito por todo um país para atingir o nível actual, que não sendo perfeito está a anos luz do que foi herdado de pessoas tão "bondosas", "patrióticas" e sempre a "pensar no bem comum".
Vou contar que se passou comigo, desde muito novo que comecei a trabalhar na Regisconta, no verão de 1973 fui fazer uma implementação de um sistema de contabilidade em Évora, no hotel onde estava hospedado acordavam-nos às 5 horas da manhã para tomarmos banho, depois voltávamos para a cama para acordar por volta das 8 horas (já não havia água nas torneiras) para mais um dia de trabalho, da altura do banho guardava um copo com água para lavar os dentes.

ACP, foi criado como Real Automóvel Club de Portugal, é um clube fundado em 15 de Abril de 1903. O Real ACP passou a ter existência legal a 31 de Maio, quando foram aprovados os seus estatutos pelo Governador Civil do Distrito de Lisboa, figurando como presidente honorário o Rei D. Carlos I de Portugal, como Vice-Presidente honorário o príncipe real D. Luís Filipe e como presidente perpétuo da Assembleia Geral o Infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto.
A acção desenvolvida pelos dirigentes do Real ACP nos anos que se seguiram à fundação apontou, desde logo, quais os caminhos que o clube deveria trilhar no futuro: luta constante e persistente por leis mais justas e condições mais favoráveis para o automóvel e para os automobilistas; esforços e iniciativas tendentes a melhorar o estado das estradas e a segurança da circulação rodoviária; promoção a todos os níveis do desporto automóvel; desenvolvimento do turismo e incremento das relações com os clubes congéneres estrangeiros. I
nformação, através de publicações, como a revista ACP (desde 1930) e a edição de mapas de estradas (desde 1929); formação nas suas escolas de condução e de mecânica (desde 1934); serviços de pronto-socorro (desde 1933) e de desempanagem.

INSTITUIÇÕES E EMPRESAS QUE PROMOVERAM A CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL, algumas instituições e empresas foram fundamentais para a criação das estruturas que promoveram a circulação automóvel.
De 1920 a 1930, a sinalização e orientação dos primeiros automobilistas fica a cargo do Automóvel Club de Portugal e da Vacuum Oil Company, que colocam os primeiros sinais de orientação no nosso país.
Em 1927, é criada a Junta Autónoma de Estradas que, a partir dos anos 30, será a instituição responsável pela construção, reparação e sinalização das estradas portuguesas.
Desde 1971 que a Direcção Geral de Viação regulamenta a circulação automóvel a partir do Código da Estrada. A Prevenção Rodoviária Portuguesa, uma empresa privada de utilidade pública sem fins lucrativos, dedica a sua actividade à prevenção de acidentes de viação e das suas consequências.
 


FOTOS, as fotos apresentadas foram obtidas via fotografar o mapa, Wikipédia e portal do ACP.

As convenções do mapa de 1968
Área de Lisboa e as 2 auto-estradas existentes em 1968.
Área do Porto e a auto-estrada existente em 1968.
Como curiosidade as estradas do Algarve em 1968.








"
Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
Sozinho guio, guio quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Lisboa deixada ou Sintra a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir


Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem consequência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...

...
"
[Parte inicial do poema "Ao Volante" em "Poemas", de Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa)]



quarta-feira, 27 de junho de 2018

Regata 8 aos Ilhéus, baía de Angra, Ilha Terceira


Este registo faz com que eu tenha lembranças muito positivas e felizes em várias vertentes: o mar sempre presente; vela de cruzeiro; Açores; Ilha Terceira e Angra do Heroísmo.

Esta regata com 23 anos, em 2018 teve o maior número de participantes que vêm das várias ilhas em veleiros de várias dimensões.
A Regata 8 aos Ilhéus, também conhecida como Angra Bay Cup, é organizada pelo Angra Iate Clube, realiza-se na baía de Angra, na Ilha Terceira. O desafio é partindo da baía de Angra, fazer um oito contornando os ilhéus das Cabras (primeiro pela direita) e o dos Fradinhos, regressando ao ponto de partida fazendo o circuito inverso.

São sempre espectaculares e diferentes as paisagens vistas do mar para terra, como todas as imagens, para além da contemplação, fazem-nos sentir um misto de emoções e em muitas situações ajudam a "matar" saudades.

Esta regata tem-se realizado durante as Festas Sanjoaninas, como curiosidade, muitos participantes nesta regata são participantes noutra regata que termina em Angra do Heroísmo: A Regata das Sanjoaninas Horta/Angra do Heroísmo, uma organização da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (Ilha do Faial), cuja partida acontece 2 dias antes.


ILHÉU DAS CABRAS, são constituídos por duas pequeninas ilhas, outrora uma só, situadas frente à costa sul da Ilha Terceira, na freguesia do Porto Judeu. São constituídos pelos restos de um cone vulcânico palagonitizado. São os maiores ilhéus dos Açores, onde se percebe que o vulcão que o originou tem sido desmantelado pela erosão marinha e pelas movimentações tectónicas. 
Com estatuto de Zona de Protecção Especial, o ilhéu maior (Ilhéu Grande), a nascente, tem 147 metros de altura e possui, além de várias furnas, uma grande câmara vulcânica. O ilhéu Pequeno tem 84 metros de altura.
A área total dos dois Ilhéus das Cabras é de cerca de 29 hectares e têm uma linha de costa de 3239 m. O canal que os separa é bastante profundo com cerca 200 m de largura.


ILHÉU DOS FRADINHOS, localiza-se na costa Sul da ilha Terceira, em frente ao Porto Judeu, a cinco milhas náuticas (20 minutos) do porto de Angra do Heroísmo e a sete milhas náuticas (25 minutos) do Porto da Praia da Vitória. Local sobejamente conhecido pela excelência dos mergulhos aí efectuados, a sua formação corresponde ao topo de um cone vulcânico submarino, associado à estrutura tectónica, Rift da Terceira. Elevando-se apenas algumas dezenas de metros acima do nível médio do mar, sendo galgados pelas ondas em dias de tempestade, os Fradinhos são grandes rochedos oceânicos que se elevam quase verticalmente relativamente aos fundos marinhos circundantes. Apresentam na sua parte submersa uma morfologia acidentada com grandes declives, cavidades e planos de fractura verticais.

ANGRA IATE CLUBE, é um clube de desporto náutico localizado no Concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores. Com a promulgação dos seus Estatutos a 27 de Outubro de 1995, constitui-se como Associação para a promoção dos desportos náuticos. No seu curto período de existência o Angra Iate Clube ombreia com os outros Clubes da Região, tanto pela dinâmica imprimida com os eventos realizados na vela de cruzeiro, onde é responsável pela organização de muitas regatas, como pela escola de vela nos escalões de formação onde promove também o encontro de Escolas de Vela dos Açores.

FOTOS, as fotos apresentadas foram obtidas via internet, créditos para Paulo Rascão (MadreMedia), Wikipédia e portais de turismo.

































































“Navegar é uma actividade que não convém aos impostores. Em muitas profissões, podemos iludir os outros e mentir com toda a impunidade. Num barco, sabe-se ou não. Azar daqueles que querem se enganar. O oceano não tem piedade.”

["Memórias do Mar", Eric Tabarly (1931-1998) - foi um velejador/navegador francês, desaparecido no mar da Irlanda em 13 de Junho de 1998]

terça-feira, 26 de junho de 2018

Deputado em greve de fome por causas ... sim, em Portugal!

Ver um deputado em greve de fome por causas é deveras raro, sim, em Portugal, não, não é no Continente, é deputado regional, eleito pela pequena Ilha do Corvo nos Açores, desde 2008.

Este deputado do parlamento açoriano de seu nome Paulo Estêvão, do PPM, já não é a primeira vez que utiliza esta forma de luta para defender o que considera injustiças e desigualdades para a população da Ilha do Corvo relativamente às restantes ilhas do arquipélago.
Na altura ao ouvir esta notícia no noticiário da RTP não liguei muito, passado alguns meses deparo-me com a notícia numa pesquisa, após ler atentamente, despertou em mim curiosidade por maior conhecimento desta e restantes notícias acerca deste deputado e as suas formas de luta, porque não terá sido mais divulgado? Os bons exemplos não se copiam e além disso sempre ouvi dizer que a "cantina" da assembleia da república até nem serve mal ... e o povo está tão distante entre períodos de 4 anos e além disso toda a energia deverá ser direccionada para outras actividades paralelas.

Quem é o deputado Paulo Estêvão, tem 50 anos, natural de Serpa, no Alentejo, chegou aos Açores em 1995, pouco depois de ter concluído a licenciatura em História na Universidade de Évora. Foi professor da disciplina na Terceira, no Faial e no Pico, até aterrar no Corvo onde foi director da escola local entre 2001 e 2008. Foi pela mão do CDS que entrou na política activa. Chegou a ser vice-presidente do CDS-Açores, antes de se filiar no PPM, em 2000. Oito anos depois foi eleito deputado pelo circulo do Corvo, repetindo a eleição nas regionais de 2012 e 2016.


Ano: 2018
Causa: Ausência de uma cantina na Escola Básica e Secundária Mouzinho da Silveira, a única na ilha do Corvo, que é frequentada por 42 alunos.
Forma de luta: 12 dias de greve de fome
Paulo Estêvão: “Estou a lutar contra uma discriminação. Contra uma brutal discriminação. Sei que isto que estou a fazer é uma aflição para a minha família e para os meus amigos. Mas não posso desistir, enquanto o governo regional continuar a tratar o Corvo de forma diferente das outras ilhas. Existem freguesias ainda mais pequenas do que o Corvo, onde a proximidade da escola com a casa dos alunos é maior, e têm cantina escolar. Apresentei propostas de alteração ao orçamento. Projectos de resolução. Até boicotei o jantar oficial com o Presidente da República, e nada…”, reclama, dizendo que, enquanto nas outras ilhas o governo regional introduziu a opção de refeições vegetarianas e chega a manter as cantinas abertas durante as interrupções lectivas, o Corvo, a ilha mais pequena do arquipélago, continua a ser esquecida. No fim da greve, Paulo Estêvão fala em compromisso com o governo açoriano e termina greve de fome. Executivo diz que não cedeu, e que a solução já estava prevista desde o ano passado.


Ano: 2011
Causa: Instalação de um Eco-museu no Corvo
Forma de luta: Comprou e doou à região um edifício
Protagonizou outro episódio pouco ortodoxo, face às reticências do governo açoriano em instalar um eco-museu no Corvo – “era a única ilha do arquipélago que não tinha um” –, Paulo Estêvão comprou e depois doou à região um edifício do século XVII para aí ser instalado o espaço museológico. Apesar de ter recebido solidariedade dos restantes partidos da oposição e “nem uma palavra” do governo regional. O eco-museu será inaugurado este ano.


Ano: 2009
Causa: Instalação de uma delegação da assembleia regional no Corvo
Forma de luta: 3 dias de greve de fome
Paulo Estêvão esteve quase três dias em greve de fome, para exigir a instalação de uma delegação da assembleia regional no Corvo, que era, à data, a única ilha do arquipélago sem essa extensão do parlamento. Só terminou o protesto, depois de ter uma garantia “por escrito” de que o problema seria resolvido. E foi. 


O belo Caldeirão






A ilha do Corvo é o meu mosteiro. A finisterra de onde se pode observar, em silêncio contemplativo, o resto do país. É um lugar mágico, de gente maravilhosa.

[Paulo Estêvão] 

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Nem sempre tenho boas lembranças


Dada a minha situação actual, tenho mais tempo livre para ler e ver notícias de um modo calmo (não fico pela leitura dos cabeçalhos), pensar e compreender as mesmas, perder-me em conjecturas e comparações entre situações semelhantes ocorridas actualmente e no passado. Em termos de sensibilidade e emotividade também estou mais fragilizado, noto essa alteração pelo facto de ligar e reagir a determinados temas de outra forma.

Esta introdução surge na sequência dos últimos acontecimentos passados em Lisboa, no fim de semana de 23 a 24 de Junho de 2018, na zona da Expo, ver pessoas numa fila a aguardar a vez para entrarem num pavilhão, grande número de idosos, idosos de idade muito avançada, de cadeira de rodas e a respirar oxigénio. Depois à saída ao serem entrevistados, principalmente ver os idosos emocionados e a chorar com a situação pela qual fizeram um esforço e foram votar, não, não, não estavam assim devido a problemas de fome, saúde, perda de um ente querido, mas sim por uma paixão que não tem explicação – que muitas vezes é a única alegria que tem na vida, que uma irresponsabilidade anormal e egocêntrica lhes esteja a provocar … no mínimo chamo-lhe infelicidade.

Depois assistir ao pós acto no pavilhão, contrariamente ao tudo o que comunicou e disse, a mesma irresponsabilidade anormal e egocêntrica fazer exactamente ao contrário depois de cenas e atitudes lamentáveis, entretanto chegámos a segunda feira, já vamos em duas situações distintas e o dia ainda não acabou.
Como penso pela minha cabeça e a minha memória não é curta, vou escrever uns parágrafos acerca de 3 figuras que ficaram ou irão ficar na história por maus motivos, segundo “eu”.


Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que após um “golpe de estado duvidoso”, parecia encomendado, afastou, prendeu e afastou quase toda a oposição, jornalistas, professores, funcionários públicos e militares. Fechou jornais e televisões privadas, etc. etc. Alterou a constituição para dar mais poderes ao presidente da republica. No último fim de semana foram realizadas eleições, particularmente importantes porque representam a passagem do sistema parlamentar até agora em vigor para um regime presidencialista. Foi reeleito à primeira volta para um novo mandato presidencial com poderes reforçados, a partir de agora, a Turquia adopta o modelo presidencialista e Erdogan aumenta consideravelmente o seu poder. Recordo que a percentagem foi de 52%.

Entre outras coisas a reter, recordo um “golpe de estado duvidoso”, parecia encomendado. Alteração da constituição para reforçar os poderes.


Presidente venezuelano Nicolás Maduro, governa por decreto, com poderes especiais, desde Novembro de 2013. A presidência tem sido marcada pelo declínio socioeconómico venezuelano, com acentuado crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome. Maduro, culpa a especulação e uma "guerra económica" imposta à nação pelos seus opositores, internos e externos. A escassez de produtos de subsistência na Venezuela e uma queda considerável no índice de qualidade de vida no país, resultou numa série de protestos populares a partir de 2014 que foram aumentando de intensidade com o tempo, instigando uma resposta violenta das forças de segurança do governo, causando dezenas de mortes e aumentando a sua impopularidade. Esta impopularidade levou a oposição a vencer as eleições parlamentares de 2015 e obter a maioria da Assembleia Nacional, porém, Maduro conseguiu contornar a autoridade legislativa e manter seu poder total através da Suprema Corte e os Tribunais Eleitorais, junto com outros corpos políticos, todos dominados pelos seus apoiantes, contando também com apoio dos militares. Em 2017, o presidente anunciou uma nova constituinte, não sancionada ou apoiada pelo parlamento, enchendo-a com seus partidários, removendo efectivamente os poderes da Assembleia Nacional (dominada pela oposição). Esses movimentos antidemocráticos levaram a condenações dentro e fora da Venezuela, com várias nações impondo sanções contra o país.
Em Maio de 2018, foi reeleito para um mandato de seis anos, numa eleição polémica, não reconhecida pela oposição e por um grande número de países.

Entre outras coisas a reter, recordo os longos monólogos na televisão oficial com os aplausos das claques, ainda não consegui esquecer até hoje as reportagens ao estado dos hospitais e doentes.


Chanceler do Reich Adolf Hitler, sob a sua liderança e com uma ideologia racista motivada, o regime nazi perpetrou um dos maiores genocídios da história da humanidade, matando milhões de pessoas que Hitler e os seus seguidores consideravam como “sub-humanos" e socialmente "indesejáveis". No final da Segunda Guerra Mundial, em 28 de Abril de 1945, com a cidade de Berlim completamente cercada, Hitler no bunker já tinha perdido a noção da realidade, ia movendo exércitos imaginários no seu mapa, ordenou que o general Walther Wenck atacasse e quebrasse o cerco a Berlim, mas ele foi detido e rendeu-se aos americanos.
Perto da meia-noite de 29 de abril, casou-se com Eva Braun, na manhã seguinte foi informado da execução de Mussolini, que havia sido preso e torturado antes de morrer, e depois teve seu corpo pendurado em praça pública para ser cuspido pela população. Esta notícia aumentou a determinação de Hitler de se suicidar para evitar a captura, com as tropas soviéticas a apenas algumas horas de marcha da Chancelaria do Reich. Hitler suicidou-se.

Entre outras coisas a reter, recordo os longos e inflamados discursos, ainda não consegui esquecer até hoje as várias dezenas de milhões de pessoas mortas e a mentalidade e ideologia "superior" nazi.


Espero não ofender ninguém que por casualidade leia esta crónica, mas, é difícil para alguém com a idade que tenho ficar indiferente a esta situação, a minha memória já tem passado assim como a minha consciência, não se pode brincar com as emoções das pessoas, porque ao contrário dos "posts" aqui não se pode "eliminar" e ficar tudo bem como dantes. Quantas e que marcas ficarão registadas até ao final das suas vidas.

Um exemplo abstracto, num país irreal, na semana 53:
  • Na sexta, não vou à AG;
  • No sábado, foi à AG e até votou com algumas cenas de "stand up comedy" pelo meio;
  • No sábado, foi destituído, anunciou a resignação, nem sequer voltará a ser adepto;
  • No domingo, afinal, não vai aceitar conclusões de AG nenhuma, e vai a votos em Setembro …
  • No domingo, no seu delírio cria um novo clube: Campo Grande Sporting Club;
  • Na segunda, de manhã, o novo presidente da SAD, não pode entrar nas instalações;
  • Na segunda, de tarde, o novo presidente da SAD já pode entrar na SAD para reunião e passagem de testemunho ...
Quem quiser um dia escrever a crónica desta novela arrisca-se a trabalho hercúleo.


A Minha Inspiração

A minha inspiração são os homens e as mulheres que surgiram em todo o globo e escolheram o mundo como o teatro das suas operações, e que lutam contra as condições sócio-económicas que não promovem o avanço da Humanidade, onde quer que este ocorra. Homens e mulheres que lutam contra a supressão da voz humana, que combatem a doença, a iliteracia, a ignorância, a pobreza e a fome. Alguns são conhecidos, outros não. Essas são as pessoas que me inspiraram.
["Conferência na London School of Economics, Londes (2000)", Nelson Mandela (1918-2013)]