Praia situada
mais a norte do Concelho de Sintra. O Rio Falcão divide a Praia em dois
concelhos, Sintra e Mafra, localizando-se a maior extensão de areal no Concelho
de Sintra, com cerca de 2 km de areias brancas e um mar azul que convida
ao banho. Esta praia é muito frequentada por adeptos de desportos aquáticos,
como é o caso do bodyboard e do surf, sendo também excelente para a pesca
desportiva por possuir muitos pesqueiros.
Frequentei muitas vezes esta praia indo sempre pelo caminho da Assafora, a paisagem interior mudou muito, poderão observar por uma foto tirada por mim no verão de 1983 existia muita construção ilegal (não sei se surgiu após o 25 de Abril ou já existia anteriormente) assim como campismo selvagem, mais tarde as construções foram abaixo deixando a duna na sua forma natural e respectiva função.
Neste local existe uma Ermida de peregrinação, construída no século XVIII, com painéis decorados de azulejos azuis e brancos, cujo tema é a vida de S. Julião e Santa Basilissa. Tem também um conjunto de relógios de sol verticais, em pedra, datado de 1754.
Em Setembro decorre aqui uma das festividades mais características da região: o Círio de Ribeira de Pedrulhos, também conhecido por Círio da Água-Pé.
Junto à ermida existe um conjunto de pequenas casas.
Existe uma colónia de férias da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa.
RIO FALCÃO, o Rio Falcão divide a Praia em dois concelhos, Sintra e Mafra. Também indica o limite final a norte do Parque Natural Sintra Cascais.
JULIÃO E BASILISSA (304), foram um casal de esposos, mortos como mártires em Antioquia ou, mais provavelmente, em Antinoópolis, no Egito, durante o reinado de Diocleciano. São venerados como santos por diferentes confissões cristãs.
Segundo a tradição, Julião, que havia feito voto de castidade, teria sido forçado por sua família a se casar com Basilissa, que também queria consagrar-se a Deus. Assim, acabaram se casando mas fizeram um acordo entre si, preservando a virgindade durante toda a vida.
Basilissa fundou um convento feminino, do qual foi superiora, e Julião reuniu um grupo de monges e fundou um mosteiro.
Julião e Basilissa transformaram sua casa em um hospital, onde chegaram a atender a mais de mil pessoas.
Basilissa morreu pacificamente, mas Julião foi decapitado durante as perseguições de Diocleciano. Preso por Marciano, um governador de Antioquia, com ele, foram martirizados Celso e Marcionila, filho e mãe, o sacerdote Antonio de Antioquia e o converso e neófito Anastácio de Antioquia. Diz-se também sete irmãos de Marcionila foram mortos.
FOTOS, as fotos de suporte ao texto foram obtidas por mim em 1983. As fotos actuais para comparação e diferenças foram obtidas via internet.
Interior da praia em 1983, construção inacabada não sei o que aconteceu. |
Interior da praia em 1983, visível à esquerda o acesso a Assafora.
A praia em 1983, foto tirada em altura de maré vazia, muito boa dimensão de areal e na altura as pessoas não se atropelavam umas às outras. :)
A praia actualmente
Em 1983 a Ermida, o marco e o pequeno ajuntamento de casas pequenas.
A Ermida |
O marco |
As casas pequenas |
Actualmente a Ermida, o marco e o pequeno ajuntamento de casas pequenas.
A Ermida |
O marco |
As casas pequenas |
Curiosidades
A arte de Ian Ross na Praia de São Julião
Munido de
ancinhos e uma bicicleta, o artista trabalha rapidamente durante a maré baixa,
criando intrincados desenhos sobre a areia húmida.
A imagem é do fotógrafo
sintrense Nuno Antunes, que tem acompanhado o norte-americano durante os
seus trabalhos no concelho de Sintra.
Em
1983, havia um pequeno café/bar cujo dono devia ter uma fixação
em batatas com formatos estranhos, só tirei 3 fotos mas havia muito
mais.
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos
["E por Vezes" em "Matura Idade" (1973), David Mourão-Ferreira (1927-1996)]
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