terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Praia de S. Julião, Sintra e Mafra





Praia situada mais a norte do Concelho de Sintra. O Rio Falcão divide a Praia em dois concelhos, Sintra e Mafra, localizando-se a maior extensão de areal no Concelho de Sintra, com cerca de 2 km de areias brancas e um mar azul que convida ao banho. Esta praia é muito frequentada por adeptos de desportos aquáticos, como é o caso do bodyboard e do surf, sendo também excelente para a pesca desportiva por possuir muitos pesqueiros.

A paisagem desta praia é muito semelhante à praia de Magoito, para além do rio tem o mesmo tipo de falésias, a excepção é a dimensão do areal que no caso de S. Julião são 2 Km até à praia da Vigia, no caso de Magoito é muito menor e é substituído por rochas até à praia da Aguda.

Frequentei muitas vezes esta praia indo sempre pelo caminho da Assafora, a paisagem interior mudou muito, poderão observar por uma foto tirada por mim no verão de 1983 existia muita construção ilegal (não sei se surgiu após o 25 de Abril ou já existia anteriormente) assim como campismo selvagem, mais tarde as construções foram abaixo deixando a duna na sua forma natural e respectiva função. 

Neste local existe uma Ermida de peregrinação, construída no século XVIII, com painéis decorados de azulejos azuis e brancos, cujo tema é a vida de S. Julião e Santa Basilissa. Tem também um conjunto de relógios de sol verticais, em pedra, datado de 1754.
Em Setembro decorre aqui uma das festividades mais características da região: o Círio de Ribeira de Pedrulhos, também conhecido por Círio da Água-Pé.
Junto à ermida existe um conjunto de pequenas casas.

Existe uma colónia de férias da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa.

RIO FALCÃO, o Rio Falcão divide a Praia em dois concelhos, Sintra e Mafra. Também indica o limite final a norte do Parque Natural Sintra Cascais. 

JULIÃO E BASILISSA (304), foram um casal de esposos, mortos como mártires em Antioquia ou, mais provavelmente, em Antinoópolis, no Egito, durante o reinado de Diocleciano. São venerados como santos por diferentes confissões cristãs.
Segundo a tradição, Julião, que havia feito voto de castidade, teria sido forçado por sua família a se casar com Basilissa, que também queria consagrar-se a Deus. Assim, acabaram se casando mas fizeram um acordo entre si, preservando a virgindade durante toda a vida.
Basilissa fundou um convento feminino, do qual foi superiora, e Julião reuniu um grupo de monges e fundou um mosteiro.
Julião e Basilissa transformaram sua casa em um hospital, onde chegaram a atender a mais de mil pessoas.
Basilissa morreu pacificamente, mas Julião foi decapitado durante as perseguições de Diocleciano. Preso por Marciano, um governador de Antioquia, com ele, foram martirizados Celso e Marcionila, filho e mãe, o sacerdote Antonio de Antioquia e o converso e neófito Anastácio de Antioquia. Diz-se também sete irmãos de Marcionila foram mortos. 

FOTOS, as fotos de suporte ao texto foram obtidas por mim em 1983. As fotos actuais para comparação e diferenças foram obtidas via internet.


Interior da praia em 1983, construção inacabada não sei o que aconteceu.

Interior da praia em 1983, visível à esquerda o acesso a Assafora.









A praia em 1983, foto tirada em altura de maré vazia, muito boa dimensão de areal e na altura as pessoas não se atropelavam umas às outras. :)


A praia actualmente

 














  

 

Em 1983 a Ermida, o marco e o pequeno ajuntamento de casas pequenas.




A Ermida
O marco

As casas pequenas




























Actualmente a Ermida, o marco e o pequeno ajuntamento de casas pequenas.


A Ermida
O marco

















As casas pequenas



















Curiosidades




A arte de Ian Ross na Praia de São Julião
 
Munido de ancinhos e uma bicicleta, o artista trabalha rapidamente durante a maré baixa, criando intrincados desenhos sobre a areia húmida.


A imagem é do fotógrafo sintrense Nuno Antunes, que tem acompanhado o norte-americano durante os seus trabalhos no concelho de Sintra.










 
 Em 1983, havia um pequeno café/bar cujo dono devia ter uma fixação em batatas com formatos estranhos, só tirei 3 fotos mas havia muito mais.


  







E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos    E por vezes

 
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes


ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites      não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos


E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos


["E por Vezes" em "Matura Idade" (1973), David Mourão-Ferreira (1927-1996)]

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